quarta-feira, 1 de julho de 2009

Ser Espírita é Ter os Pés no Chão

" Não é espírita quem quer, só é espírita quem pode "

Quando li pela primeira vez esta afirmação (não me lembro o autor), ela me soou como arrogante. Pareceu-me querer dar à condição de espírita um certo grau de privilégio, conferir uma condição especial.Com o tempo de estudo de O Livro dos Esíritos, e a análise mais aprofundada das questões 459 e 466, consegui perceber o sentido sério daquela afirmação.

Por longo tempo, a humanidade se socorreu do imponderável para justificar suas atitudes e comportamentos indevidos, bem como a força definidora dos seus fracassos e derrotas. A par do seu apego a uma ou mais divindades, sempre houve uma representação do mal, que fosse a autora das adversidades , que lhe acometiam.E por muito tempo o ser humano foi vítima desse jogo entre o bem e o mal.

Até hoje muitos justificam suas desditas por ação das forças contrárias à sua felicidade. todo e qualquer obstáculo é interpretado como façanha do inimigo, que impede à criatura de ver atendido seu desejo de conquista.

Com o Espiritismo esta fase de transferir responsabilidade acabou.

Somos cercados por influências de toda ordem,algumas interferem de forma incisiva sobre nós,mas nada, absolutamente nada, age em nosso favor ou contra, se não houver nosso aval, através da compactuação que fizermos pela identidade de propósitos entre nós e nossos acólitos.Aresposta à pergunta 466 deixa claro que somos nós que atraimos as influências que recebemos.

Logo, ser espírita é assumir a responsabilidade própria no estabelecimento da atração e teor das sugestões que recebemos.Deixando a atitude imatura espiritualmente de tentar repassar a culpa ao diabo (que não existe) ou aos obsessores.

Assim, " só é espírita quem pode" ter frente a vida uma postura consciente e consequente, de que na trajetória de todos nós, cabe-nos a autoria , sem fugas ou desculpismos. É tomar as rédeas da própria vida, sob as bençãos de Deus,com os pés no chão!

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