Muita Regra Pouco Siso

Esta máxima popular, como tantas outras, é sábia em sua essência. E deveria ser levada em consideração no arcabouço jurídico de nosso país.O Brasil é pródigo em legislações, seja em que esfera de poder, seja federal, estadual ou municipal. Algumas conflitantes e redundantes entre si.

A mentalidade reinante é a paternalista, que tenta conduzir nos mínimos detalhes a sociedade, através da ação parlamentar ou do executivo, em seus passos, num total desrespeito a auto-regulação.Desce-se a minudências, querendo atender a toda a diversidade do quadro social, produzindo o efeito danoso do engessamento da capacidade criativa do povo.

É preciso lembrar, que ninguém sabe melhor do que cada cidadão, o que é melhor para ele. Para que isso valha como uma regra, precisa-se investir em educação.Parece que nisto reside a grande dificuldade.Investir numa educação de qualidade.Talvez pelo medo da libertação do povo do seu jugo.Daí se depreender que este estado de coisas faça parte de uma estratégia bem urdida pelas forças retrógradas, que insistem em manter o povo incapaz de se auto-conduzir, e assim justificar essa malha escandalosa e ineficaz de normas jurídicas, que só servem para desorientar o cidadão e colocá-lo na dependência de profissionais no manejo deste emaranhado de leis.

O processo para alcançarmos um nível racional e lógico na nossa estrutura jurídica legal, é muito longo.Dependerá dos cidadãos exigirem este tratamento diferenciado, que depure esta mixórdia jurídica que nos chumba ao atraso.