quarta-feira, 1 de julho de 2009

Religiosidade sem Farsas

“Conforme as circunstâncias, desmascarar a hipocrisia e a mentira pode ser um dever, pois é melhor que um homem caia do que muitos serem enganados e se tornarem suas vítimas” (Allan Kardec – ESE – Cap X – item 21)


Estas palavras comprovam o princípio da isenção que norteia a Doutrina Espírita . Sem personalismo ou sectarismo. O erro não deve ser endossado, mesmo que venha do arraial de nossas convicções.

Como apoiar a atitude de um médium que se locuplete com os direitos autorais de obra mediúnica recebida por seu intermédio?

Ou aqueloutro que cobre a entrada de palestra ou evento , mesmo que não seja de cunho doutrinário, valendo-se da sua imagem construída no meio do movimento espírita?

Qual o respaldo para atitudes de idolatria e exaltação da personalidade na seara espírita ?

Bem como , para a autopromoção de seus feitos no campo assistencial e doutrinário?

O exemplo deve partir do nosso compromisso com a honestidade e ética emanadas da Doutrina , que abraçamos. Nem mesmo a caridade deve e pode justificar trairmos os princípios da reta moral do Cristo. Devemos empreender iniciativas de ajuda ao próximo, que estejam no nível de nossas possibilidades, sem que para sustentá-las tenhamos que lançar mão de qualquer expediente fora dos limites do aceitável pela coerência doutrinária.

Como entender um “hospital” de recuperação de comprometidos com seus vícios (morais ou não), que é o centro espírita, angariando fundos através de rifas e bingos? Sendo estes um estímulo à compulsividade do jogo, manifesta ou não em cada um de nós, como se os fins justificassem os meios ?

Alcançar o discernimento ideal requer autocrítica e humildade. Transigir será abalar os alicerces de nossas obras, podendo ruí-las, prejudicando a tantos, sobretudo na confiança , por inconseqüência de poucos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário