quarta-feira, 1 de julho de 2009

O Doutrinador e a Aceitação de sua Limitação.

Sem pretensões, neste momento é importante uma analogia: o doutrinador guarda certa identidade com um terapeuta. Ambos buscam oferecer condições de recuperação aos casos que lhes são apresentados. Todavia nem sempre é possível atingir prontamente seu objetivo. Existem limitações tanto de sua parte como daquele que é alvo do tratamento, seja encarnado ou desencarnado.

Toda problemática do espírito humano tem múltiplas considerações e fatores desencadeantes, que por sua complexidade envolve uma dupla competência na busca de soluções, tanto da parte do doutrinador, mas também, do doutrinado.

Esta precariedade é estimuladora, pois aponta para a descoberta de novos caminhos, através da busca de conhecimentos, do auto-conhecimento, de informações do outro, pois o paciente não é passivo. Este envolvimento fraterno entre doutrinador e espírito valerá muito mais do que qualquer argumento.

De nada adiantará um discurso evangelizador cheio de citações, se faltar o vinculo amoroso, do sentimento. Isto se consegue pelo diálogo de quem fala e também escuta, com a intenção de conhecer e investigar melhor a natureza da questão do outro, e aí sim, definir em conjunto a melhor estratégia a ser traçada.

A Doutrinação é um processo que deve estimular ao espírito desencarnado uma reavaliação de suas posturas, valores e metas, aumentando o nível de sua consciência sobre seus comportamentos e atitudes. Este grave objetivo deve iniciar-se pela aceitação do doutrinador de seus limites, propiciando o crescimento de ambos. E a conclusão de que todo processo libertador tem um tempo de maturação, que independe de sua vontade.

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