quarta-feira, 1 de julho de 2009

O quê Fizestes da Família que Te foi Emprestada ?

Em tudo na vida justificamos que tentamos fazer o melhor ou pelo menos era o que imaginávamos ser o melhor para a pessoa.Esta linha de pensamento é muito comum na condução dos nossos atos em família.Esbarram estes pensamentos em dois equívocos clássicos: o primeiro,que o nosso melhor seja perfeito, e em segundo, que possamos estabelecer o que seja melhor para o outro , sem que o outro concorra para tal.

Desconsideramos a realidade do outro,em sua singularidade, e ofertamos condições ou opções totalmente divorciadas das suas possibilidades e características pessoais.E resultando em fracasso nossos esforços de ajuda (ajuda?) ainda , por fim,concluimos por nos isentarmos de responsabilidade pelo tão conhecido " fiz a minha parte".

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define família como sendo " com quem se pode contar". Desta forma , a ajuda deve sempre considerar a figura daquele que se quer promover.Ajuda que não é personalizada não atinge a particularidade do ajudado.Muitas vezes vai além do desejado pelo ajudado ou aquém. Tudo pela maneira pouco empática com que o ajudador se volta ao ajudado.

Isto diz muito de perto ao papel que todos desempenhamos dentro de casa.Imbuídos da intenção de atendermos às necessidades materiais, nos esquecemos que o ser humano é muito além da estrutura física e suas implicações.É preciso impressioná-lo com a atenção por seu conjunto psico-emocional, que o identifica e diferencia de outro ser humano.Assim, a família se transforma num verdadeiro laboratório na ciência e arte do relacionamento.E nós somos, uns para com os outros, os instrumentos capazes pela nossa doação de contribuirmos para o crescimento salutar daqueles que dizemos serem nossos amores.

Tudo isso para que um dia , num balanço final , possamos responder a invariável pergunta , que será feita a todos nós: O quê fizestes da família que te foi emprestada?

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