segunda-feira, 15 de junho de 2009

Shopping-Templo do Consumo, cuidado!!!

Vou me valer deste tópico para tratar de um assunto, aparentemente bem diverso do título, mas que guarda identidades muito próximas com ele.O shopping é a concentração em um só local de variadas ofertas ao consumo.São imensos espaços que facilitama a atividade econômica em conjunto com a comodidade do consumidor, entre a necessidade de compra real e a ilusória.

Meu enfoque se prende ao desdobramento desta facilitação e desta profusão de ofertas, sob as luzes e os apelos do merchandising.O que representa este consumismo frenético? Qual o limite entre o consumo em prol de uma necessidade real e a busca sem limite do necessário? Qual a razão para o consumo ser um objetivo em si mesmo?

Essas indagações nos projetam ao quadro patológico da transformação do consumo de uma necessária atividade econômica para uma síndrome do uso indevido de um objeto de compulsão.Esta noção precisa ficar bem clara, pois neste momento o consumo se equipara ao papel de qualquer substância química que nos entorpeça os sentidos e altere nossa capacidade de discernimento adequado da vida e do nosso comportamento.

O compulsivo pelo consumo não administra sua vida pela necessidade do objeto da compra, mas centraliza seu descontrole em razão do prazer gerado em cada conquista pela obtenção, e a busca deste prazer intensifica cada vez mais o ato de comprar, levando o compulsivo a assumir altos compromissos, muitas vezes acima da sua possibilidade financeira razoável, gerando perdas e conflitos.Isto sem dizer, que sem nunca atender a ânsia da compra, pois a verdadeira causa motivadora deste descontrole não é a propaganda , mas a angústia e dor existentes no indivíduo, mascaradas, e que precisam lhe ser devidamente apresentadas, através de uma ação profissional.Neste ponto, a relação indivíduo e consumo passa ter características perversas, pois o compulsivo gira sua vida em torno da busca da sensação prazerosa da compra, fazendo disto uma obrigação para se sentir íntegro, a qualquer preço.

É preciso verificar quando uma atitude comum ao nosso dia-a-dia passa a ter contornos de abuso com uma ocorrência além dos padrões aceitáveis, ou seja, que escravizam o indivíduo por sua repetição reiterada, como a denunciar a existência de motivos velados, que ainda não conseguimos perceber com nitidez.

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