segunda-feira, 15 de junho de 2009

Defendendo a Vida I (PENA DE MORTE)

Um princípio inteligente dita: “O que é válido para o menor é válido para o maior”. E socialmente isto é adequado, pois o coletivo assume atribuições que o individual lhe delega. A civilização se caracteriza pelos conflitos solucionados através da negociação, fruto do diálogo entre as partes. Nada mais primitivo e grosseiro do que a atitude brutal e radical do coletivo, em nome do particular, exterminar um dos seus integrantes por sua atitude indesejável. O descabimento do homicídio como meio de justiça pelas próprias mãos de um componente da sociedade, não se altera por ele ter sido praticado por um ente público representante de todos. A decência do particular deve se estender à representação da sociedade, se não o cidadão estará sendo hipócrita em não matar por si, já que tem um mecanismo legal que mata por ele.

Temos que reconhecer a nossa incompetência na condução do processo recuperador dos nossos irmãos transgressores. A sociedade inerte cria seus malfeitores, que uma vez entregues a um sistema penitenciário ineficaz, os qualifica e recicla em perversidade.

Quando assinalamos a pena de morte como solução, estamos sentenciando a nós mesmos por descrermos que seremos capazes de mudar para melhor. A pena de morte é o descrédito da sociedade sobre ela mesma. O Espiritismo nos indica a lei de sociedade como um instrumento de progresso, com que Deus nos muniu. Através das relações crescemos em todos os sentidos e nada justifica nos apartarmos ou a alguém da oportunidade de receber ajuda especializada e científica, mesmo que em regime prisional, para rever seus conceitos e princípios. A sociedade, nós como um todo, precisamos assumir o rumo de recuperação e apoio de todos os carentes, sem discriminação, inclusive dos detentos e seus familiares, através da terapia do trabalho e da ação social. A vida agradece!

Nenhum comentário:

Postar um comentário