quinta-feira, 30 de abril de 2009

Ciência e Religião

Esta combinação é um traço característico da Doutrina Espírita. A convicção espírita se estriba nesse binômio. É importante que o espírita consciente mantenha o equilíbrio desses dois pilares nas suas ilações. A sensatez deve ser a marca do pensamento espírita, sem margem para o radicalismo e a imponderação. Esses dois ramos da percepção humana descortinam as duas naturezas interpenetrantes do Ser - a matéria e o espírito. Não existindo prevalência de um sobre o outro, pois o próprio espírito, que poderia ser chamado de natureza essencial, na verdade alcança tal condição a partir da longa trajetória da energia primitiva pela experiência material. Buscar a harmonização entre as visões desses campos de apreensão do ser sobre sua realidade é alcançar a sabedoria, pois nos exercita entorno da Inteligência Suprema, que os concebeu. Não podendo, por conseguinte, haver conflito insuperável entre suas revelações. A história da humanidade demonstra que, ao longo do tempo, as divergências se marcaram pela intransigência de ambos os lados, visando a supremacia de seus postulados, com vistas ao poder e à inclinação egóica pela intolerância, sem qualquer cogitação das bases dos argumentos em questão, com imparcialidade. Dia virá em que estes dois segmentos do saber humano caminharão de mãos dadas, porém é impraticável que isto seja alcançado sem que haja por parte das criaturas uma disposição de ter um compromisso íntimo de não ceder espaço em sua mente ao ceticismo sistemático ou ao fanatismo, vias do extremismo da ciência e da religião, respectivamente. Na medida em que pacífica e pacientemente adotarmos uma postura individual da criteriosidade científica e da conciliação religiosa, certamente faremos jus aos avanços atingidos na compreensão de um Deus Universal na Ciência e Incondicional no Amor.

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