sábado, 31 de outubro de 2009

EM NOME DA GOVERNABILIDADE,MANTENHA-SE O LIXO AUTORITÁRIO

O que resta do Lula histórico? Nada.Quem diria que Greta Garbo acabaria em Irajá? E Lula defendendo com unhas e dentes o presidente da ARENA/PDS José Sarney.Sarney foi o braço político do autoritarismo da didatura militar. Foi um pau mandado das ações de exceção, figura de uma representação política canhestra, que até hoje mantém métodos reprováveis para se beneficiar do poder. Vide sua criação: Agaciel Maia. Não há como negar sua inteligência na formulação de estratégia política, pois soube como ninguém saltar do barco da situação na ditadura na hora certa, para cair na oposição, apoiando a eleição de Tancredo. Maior coerência teve Paulo Maluf, que filho da ditadura também, a ela se manteve fiel e por isso recebe o apoio de grande parte do eleitorado de sua terra, já Sarney teve que fugir do Maranhão e ser adotado pelo minúsculo Amapá. Coitado do Amapá.
Contudo nada apagará sua trajetória como líder político da ditadura, isto também faz parte de sua história , que hoje se tenta esconder.Um mero coadjuvante oportunista na transição democrática, que a fatalidade alçou à condição de mais alto magistrado da República, sem legitimidade.E neste momento, é o mesmo povo que exige seu afastamento por não reconhecer ontem e hoje estofo moral para sua permanência na presidência do senado. Lula precisa descer do pedestal , que o deforma e descaracteriza, e não tentar agir com o PT com práticas intimidadoras de coronelismo, querendo colocar-lhe cabresto.
Se a tese de Lula está certa, de que a saída de Sarney é de consequência imprevisível, com danos à governabilidade, é bom lembrá-lo que com certeza um poder político desacreditado pelo povo é muito mais ingovernável. E hoje a visão popular sobre o senado é de um COVIL, e não cabe ao presidente da república intrometer-se nisto, e sim aos senadores. Cabe neste instante a grandeza dos senadores chamarem a si a responsabilidade pela correção irrestrita dos destinos do senado. E a Lula cuidar do executivo, de forma mais atenta.
Houve um tempo em que a hipocrisia escondia o lixo para debaixo do tapete , hoje o descaramento o faz sentar na cadeira principal do senado federal, e luta por isso com falsos pretextos.

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