A condição natural é a heterossexualidade, pois a partir dela se processa o impositivo fundamental da lei de perpetuação da espécie, através da procriação, estabelecendo uma atração de busca e troca entre os caracteres masculinos e femininos, que basicamente identificam o homem e a mulher, respectivamente, propiciando o equilíbrio da saúde integral (física e mental).
Todavia, a homossexualidade e a bissexualidade são ocorrências de fato. Como tudo em nossas vidas, o hoje é o fruto da atitude do ontem. Essas inclinações encontram, na maior parte das vezes, seus fatos geradores em vidas passadas (reencarnação), a partir das impressões destoantes gravadas no perispírito por atitude marcadas pelos equívocos e excessos de nossos comportamentos em relação ao sexo e à afetividade, que exigem reparo. “O sexo reside na mente”, e expressa-se no físico. Assim, ocorre esse descompasso entre o físico e o psicológico.
Diz-nos O Livro dos Espíritos, na pergunta 201, que o mesmo espírito pode animar, em uma encarnação, um corpo de homem, e em outra um corpo de mulher. Contudo, esta alternância nessas duas condições não acarreta nenhuma confusão ao espírito (Deus é perfeito e justo), que possa lhe trazer automaticamente características de uma experiência anterior, em um determinado sexo, para outro diferente em sua vida atual. Se isto ocorrer, certamente será fruto de uma impressão forte vivida nos limites da paixão desenfreada, denotando desequilíbrio. Por outro lado, cabe frisar que a oportunidade de experiências nas duas condições de sexo, faculta ao espírito uma bagagem de conhecimentos, estimuladora dos valores da compreensão, tolerância e fraternidade entre as criaturas.
A homossexualidade requer retificação, que só cabe ao próprio espírito, estagiário nessa fase de experimentação, impor-se, através de uma reflexão profunda e honesta sobre sua realidade. A ninguém será dado o direito de julgar, recriminar ou discriminar, pois se o acusador goza da condição do sexo ajustado, não está isento de apresentar outro tipo de desvio de comportamento, que também requererá a caridade da compreensão de todos. Devemos estabelecer um clima de convivência fraterna na ordem social capaz de assegurar, respeitosamente, o direito da expressão sexual a que cada um se dedique, sem constrangimentos desnecessários, que só atestam imaturidade do organismo social.
Lembremo-nos da palavra inspirada de Chico Xavier no Programa Pinga Fogo, em 12/12/1971: “…mas não devemos desconsiderar, de maneira nenhuma, a maioria de nossos irmãos que vieram e que estão na Terra em condições inversivas do ponto-de-vista de sexo, realizando tarefas muito edificantes em caminho da redenção de seus próprios valores íntimos. Consideramos isso com muito respeito e acreditamos que a legislação do futuro em suas novas faixas de entendimento humano saberá criar dentro da família, sem abalar as bases da família, a legislação humana saberá incorporar à família humana todos os filhos da humanidade, todos os filhos da Terra, sem que a frustração afetiva venha continuar sendo um flagelo para milhões de pessoas … a frustração afetiva é um tipo de fome capaz de superlotar os nossos sanatórios e engendrar os mais obscuros processos de obsessão e por isso mesmo, devemos ter esperança de que todos os filhos de Deus na Terra, serão amparados por leis magnânimas com base na família humana para que o caráter impere acima dos sinais morfológicos e haja compreensão humana bastante para que os problemas afetivos sejam resolvidos com o máximo respeito às nossas leis e sem abalar de um milímetro o monumento da família que é base do Estado”.
Encerrando, Jesus na passagem da mulher adúltera (João 8,1-11) nos transmitiu uma lição valiosíssima e geral para aplicarmos nas situações em que nos depararmos com toda ordem de equívocos alheios, aproveitando-se apropriadamente de um desvio sexual que lhe fora apresentado, talvez pelas opiniões nesse departamento do comportamento humano encerrarem tanta hipocrisia e desrespeito. Cabe lembrar suas sábias palavras:
“QUEM DE VÓS ESTIVER SEM PECADO, SEJA O PRIMEIRO A LHE ATIRAR UMA PEDRA”.
“DISSE-LHE JESUS: NEM EU TE CONDENO. VAI E NÃO TORNES A PECAR”.
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